Jesus é o Único Mediador entre Deus e os Homens.
Esta é uma frase bíblica que os
protestantes recortam e tiram fóra do contexto para acusar falsamente a
doutrina bíblica da intercessão dos Santos ensinada pela Igreja. Primeiro
lugar, este versículo está recortado, o versículo completo fica assim:
“Porque há um só Deus, e um só
Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem, o qual morreu em resgate
por todos” I Tim 2,5
Observaram? o versículo terminado diz
que somente Ele morreu por Nós, ou seja, Só Jesus Cristo é o Salvador, este
versículo ensina que a Salvação vem somente de Jesus Cristo, isso nada tem a
ver com a intercessão dos Santos. É Fácil ver o por que de São Paulo ter
escrito isso, naquela época os fariseus acreditavam em Deus, mas nao
acreditaram em Jesus, e até hoje os Judeus nao creem na divindade de Jesus
Cristo. Por isso ele escreveu isso, que de nada adianta você crer em Deus, se
nao tem Jesus como teu Senhor e Salvador. Agora o que isso tem a ver com a
intercessão dos Santos? Sendo que nós acreditamos que os Santos apenas
oram/rezam/intercedem por nós, e NAO acreditamos que eles salvam (o que seria
um absurdo)?
Na verdade, existem muitos
intercessores. O novo testamento está repleto de passagens que nos exortam a
interceder uns pelos outros, inclusive, a que precede o versículo citado acima:
“Acima de tudo, recomendo que se
façam preces, orações, súplicas, ações de graça por todos os homens (…). Isto é
bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador”
(1Tm 2,1-3).
“Orai uns pelos outros para serdes
curados” (Tg 5,16b)
Logo, Jesus não pode ser o único
intercessor. No entanto, todo e qualquer intercessor, sempre ora e obtém a
graça em nome de NS Jesus Cristo, e não em seu próprio nome. Pois é somente
através de Jesus Cristo que temos acesso ao Pai. Quanto mais santo o
intercessor, mais eficaz é a intercessão. Diz ainda a Bíblia, que quanto mais
santo o intercessor, maior a eficácia da oração:
“A oração do justo tem grande
eficácia.” (Tg 5,16c)
Ora, se a oração de um justo tem
grande eficácia, não há dúvida que é melhor pedir a intercessão de um justo do
que de um pecador. E, como não existem homens neste mundo mais santificados do
que aqueles que já estão no Céu, obviamente, é melhor pedir a intercessão de um
santo do Céu do que de um homem que ainda vive neste mundo. Os santos do Céu
estão vivos.Porém, argumentam alguns: “Mas como podem interceder se estão
mortos e inconscientes?” E quem disse que estão mortos aqueles que estão VIVOS
diante do Trono de Deus, porque o nosso Deus não é Deus de mortos, mas de
vivos, como ensinou Jesus:
“Moisés chamou ao Senhor: Deus de
Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó. Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos
vivos porque todos vivem para Ele.” (Lc 20, 37-38)
Portanto, Jesus nos diz que os santos
falecidos (como Abraão, Isaac e Jacó) estão vivos na Presença de Deus, pois
VIVEM para Ele. Não estão mortos, nem inconscientes! O livro do Apocalipse
também ensina que os santos falecidos não estão adormecidos, mas mesmo antes da
ressurreição, suas almas dialogam e intercedem junto a Deus:
“Vi sob o ALTAR as ALMAS DOS HOMENS
IMOLADOS por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho que dela tinham
prestado. E CLAMARAM EM ALTA VOZ: Até quando ó Senhor, Santo e Verdadeiro,
tardarás a fazer justiça, vingando o nosso sangue contra os habitantes da
terra? A cada um deles foi dada, então, uma veste branca, e foi-lhes dito,
também, que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos
seus companheiros e irmãos, que iriam SER MORTOS COMO ELES.”
(Apc 6,9-11)
Neste diálogo, as almas dos santos
falecidos clamam a Deus para que apresse o Dia do Juízo Final. Observe que as
almas não estão adormecidas, mas estão sob o altar de onde falam com Deus. Elas
clamam ansiosas pelo Dia do Juízo Final, que será também o dia da aguardada
ressurreição da carne. Deus lhes dá uma veste branca (símbolo da santidade) e
ordena que aguardem mais um pouco. E, enquanto aguardam, o que fazem estas
almas? Aguardam adormecidas ou vivas e acordadas? Vejamos:
“Então um dos anciões falou comigo e
perguntou-me: Esses, que estão revestidos de vestes brancas, quem são e de onde
vêm? Respondi-lhe: Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os
SOBREVIVENTES da grande tribulação. Lavaram as suas vestes e as alvejaram no
sangue do Cordeiro. Por isso, ESTÃO DIANTE DO TRONO DE DEUS, E O SERVEM, DIA E
NOITE, NO SEU TEMPLO.” (Apc 7,13-15)
Portanto, esta é a situação das almas
enquanto aguardam pelo ansioso dia do Juízo Final e da ressurreição da carne,
quando finalmente
“Deus os abrigará em sua tenda e não
haverá nem fome, sede, sol ou calor e Deus enxugará toda lágrima de seus olhos”
(Apc 7,15-16).
Veja também como estas almas (os
santos, pois estavam com vestes brancas, símbolo da santidade), intercedem
diante do Trono de Deus:
“Outro anjo pôs-se junto ao ALTAR,
com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes para que os
oferecesse com as ORAÇÕES DE TODOS OS SANTOS NO ALTAR de ouro, que ESTÁ ADIANTE
DO TRONO. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com AS ORAÇÕES DOS SANTOS,
DIANTE DE DEUS.”
(Apc 8,3-4)
Eis aí uma passagem bíblica que nos
garante a intercessão dos santos falecidos, e que agora estão diante do Trono
de Deus. São oferecidas a Deus as orações de TODOS os santos. Se são de todos
os santos, são tanto as orações dos santos da terra (cristãos que levam uma
vida santa) quanto dos santos do Céu (que estão vestidos de branco diante do
Trono de Deus). Embora este trecho da abertura dos 7 selos esteja se referindo
aos santos do Céu (no quinto, sexto e sétimo selos), podemos entender as
orações que chegam a Deus, também vindas dos santos da terra, pois é afirmado
ser as orações de TODOS os santos. Um exemplo destas orações de santos
falecidos, encontra-se em Macabeus. Nela, Judas Macabeus relata uma visão que
teve de Onias e Jeremias, já falecidos, intercedendo pelo povo:
“Onias (…) estava com as mãos
estendidas, INTERCEDENDO por toda a comunidade dos judeus. Apareceu a seguir um
homem notável (…) Esse é aquele que MUITO ORA pelo povo e por toda cidade
santa, é Jeremias, o Profeta de Deus.” (2Mac 15,12-14).
E como os santos conhecem nossas
preces? Eles são onipresentes?De modo algum. Só Deus é Onipresente. No entanto,
todos pertencemos ao Corpo Místico de Cristo no qual vivenciamos a comunhão dos
santos, ou seja, vivenciamos o fluxo de amor e relacionamentos entre todos os
membros do Corpo Místico. De um modo especial, os santos que estão no Céu já
possuem uma relação de profunda intimidade com Deus, de modo que através da
onipresença de Deus, os santos tomam conhecimento das preces que lhes são
dirigidas. Em outras palavras, é o próprio Deus quem lhes transmite as nossas
preces. Eis como Dom Estevão Bettencourt explica esta questão:
“Os bem-aventurados têm conhecimento
das preces que neste mundo lhes são dirigidas, pois Deus, que fez os homens
solidários entre si, não permite que essa comunhão seja dissolvida pela morte.
Por isso pedimos aos santos que intercedam por nós no Céu, e Deus lhes dá a
conhecer nossas orações para que, de fato, eles rezem por nós ao Pai.”
Mas, então, qual a necessidade desta
intercessão, se Deus já conhecia a prece antes mesmo do santo interceder? Na
verdade, toda e qualquer prece feita neste mundo, já era do conhecimento de
Deus, antes mesmo de nós formularmos nossas súplicas. Embora assim seja, Deus
quer façamos nossas súplicas. Vejamos o que disse Jesus a respeito:
“O Pai já sabe de vossas necessidades
antes mesmo de pedirdes.” (Mt 6,8)
“Pedi e recebereis, para que a vossa
alegria seja completa.” (Jo 16,24).
Embora Jesus reconheça que Deus já
conheça nossas necessidades antes mesmo de fazermos nossa prece, Jesus insiste
que devemos formular nossas preces dizendo: Pedi e recebereis. Porquê? Para que
tenhamos um diálogo, uma relação com Deus através da oração. Ora, esta relação
amorosa, Deus também deseja que exista entre todos os membros do seu Corpo
Místico. Por isso, mesmo já conhecendo de ante-mão as nossas súplicas, Deus
incentiva a prática da oração e da intercessão para que exista este
relacionamento amoroso entre nós e Deus e também entre todos os filhos de Deus,
ou seja, para que “a nossa alegria seja completa”. Interceder por alguém é um
ato de amor entre os filhos de Deus. Deixar de interceder é falta de amor. Deus
jamais proibirá a intercessão porque Deus é Amor.
“Naquele dia pedireis em meu nome e já não digo que rogarei ao Pai por
vós. Pois o mesmo Pai vos ama, porque vós me amastes e crestes que saí de
Deus.” (Jo 16,26-27)
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